Nossa parada agora era Essaouira.
A cidade dos camelos na praia, do kite surf e do wind surf.
A medina da cidade é alucinante. Das mais bonitas do Marrocos.
Ali é um excelente lugar para comer frutos do mar bem baratos.
Fomos conhecer a lendária onda de Taghazout.
Mas estava sem onda... no verão não tem onda em nenhum lugar do mundo mesmo.
Até encontramos umas ondinhas... mas merreca.
Passamos noites lindas na região de Agadir. Teve até chuva de meteoros.
E chegou o dia do aniversário da minha olhuda. O segundo da viagem.
Para animar a festiva convidamos o francês Fred (o de bigode), que tem casa no Rio de Janeiro! O cara conhece o Rio melhor que a gente ... hehehe. E quem chega do nada? Duas Lands dos italianos com Andrea e a esposa, Valéria, e Claudio. Noite maneira com muita cerveja e churrasco. Sorte a nossa!
Nessa região os camelos dormem na praia...
... e as mulheres vão à praia de burca.
Em Agadir, a Ana teve uma intoxicação alimentar sinistra. A limpeza não é o forte dos marroquinos. Os caras não usam guardanapo, não limpam as mãos e não é difícil ver os caras passarem a mão no bigode e depois na comida, passarem a mão na careca suada e depois na comida... e por aí vai.
Depois de uma noite se contorcendo, vomitando muito, levei a Ana em um hospital. O hospital marroquino dá medo. Lá os caras falam árabe e no máximo, francês. Na recepção aquele lenga lenga tradicional, a maior zona.
Depois de tentar me entender com uma mulher de burca, vi que não haveria progresso. Já saímos entrando no atendimento na marra. Mais filas e filas. Vi uma fila enorme até uma sala. Entrei "entrando" no horror, dizendo:
-Intoxicacion... Intoxicacion
Lá dentro, três médicos conversavam entre si e quase me ignoraram.
Insisti:
-Intoxicacion... Intoxicacioooooooon
A médica de burca apontou para aporta e disse:
-Abdulasalomesalam
A comunicação corporal dela foi clara. Ela disse: Ô mané, espera lá fora.
Do lado de fora, a Ana estava de cócoras escorada na parede do lado de uma mulher toda de preto que só dava para ver os olhos. Até de luva preta ela estava. Que mêda!
A Ana estava sofrendo muito. Que desespero...
Agarrei uma enfermeira de burca pelo braço e voltamos para sala dos médicos.
A mulher sentiu que eu era o maior péla-saco do dia e quis se livrar da gente rápido.
Em dez minutos a Ana tomou injeção e saímos do hospital com a receita dos remédios. Show!
A recuperação da Ana foi lenta, mas eficiente.
E voltamos para norte pelo litoral, passando por lindas praias desertas...
... portais marroquinos...
... e praias que lembravam, um pouquinho, o Brasil.
Passamos por Safi.
E finalizamos em Rabat.
A capital do país.
O Marrocos é uma visita incrível e o forte do lugar é não só a cultura, mas também seu povo e as construções árabes.
Mas já aviso logo: a dor de barriga é certa e vai junto no pacote
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