I Love Morocco

venha descobrir o marrocos..o reino dos sentidos, a mistica do deserto as tradições milenares , as paisagens unicas , os lugares lendarios ,paraisos perdidos..deixe-se apaixonar conosco pelo marrocos...
Marrocos, terra de contrastes que não deixa ninguém indiferente. Em cada canto do país descobre-se monumentos grandiosos, paisagens fascinantes. Num doce perfume de Oriente aliam-se tradição e modernismo. Aproveita-se para visitar as cidades imponentes, recostar-se nas belas praias, descobrir a riqueza arquitectural e cultural do país, recordações da sua longa história.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

relatos da viagem ao marrocos/parte 2

O branco é para aliviar o calor pesado e o azul é para espantar os mosquitos. E funciona! Mosquito não gosta de azul, sabia?

A cidade é toda murada, com diversões portões.

As portas das casinhas são lindas...

... uma mais bonita que a outra.

Segundo um berbere que foi nosso guia por lá, Chefchauoen é a capital da maconha no Marrocos. Em volta da cidade e nas proximidades existem diversas plantações de maconha. A produção do haxixe é uma tradição antiga na região. Na estrada muitas pessoas vendem blocos prensados de  maconha e haxixe com a mesma discrição de quem vende alho.
Fui dar uma volta com o Tapa e fui abordado por um malandro. Malandro tem a mesma “bad vibe” no mundo inteiro. É aquele olhar interesseiro querendo se fazer de amigo... o mais impressionante é que quase todos os berberes falam cinco ou seis idiomas. Esse trocou idéia comigo em português mesmo:
-Bem vindo ao Marrocos!
-Valeu!
-De onde é você?
-Brasil.
-Kaká, Ronaldo! (essa é praxe)
-É (eu não estava com saco para trocar idéia com o maluco. Já tinha sacado a dele de longe)
Ele viu que a conversa não ia render e já mandou logo a real intenção:
-Vai um bagulhinho aí? Maconha, haxixe...dos bons.
-Não amigo, não fumo.
-Cara, tenho uma plantação linda de maconha. Vamos lá para você tirar umas fotos, filmar. É de graça.
-Não amigo, não rola.
-E você não quer levar maconha para a Europa? Dá para ganhar muito, muito dinheiro.
-Não amigo, não quero.
-Você pode fumar tudo que você quiser lá...
-Não, já disse que não fumo.
Virei as costas, saí andando e ignorei o "péla". De longe ele gritou uma parada que eu tive que rir por dentro.
-Vamos misturar com chã de hortelã! É bonzão!
 

No camping, paramos ao lado de um inglês chamado Sam. Em seu jipe tinha o adesivo de um website, que é minha principal fonte de pesquisas há mais de dois anos. Chama-se http://www.africa-overland.net/  e lá tem links para sites de diversos viajantes que atravessam diversos países de carro ao redor do mundo.
Nós mesmos, temos um link neste site há mais de um ano. Sam é um dos donos do site e mal pude acreditar na sorte de estar ali com o cara. É claro que fiz pelo menos duas mil perguntas. Cara maneiro, gentilmente nos deu um mapa zerado do Marrocos e um monte de velinhas anti-mosquito. Ele é desses caras que gostam de viajar sozinhos pelos desertos da África. O cara ama tanto o deserto que abandonou Londres para morar no Egito.

Nossa próxima parada foi Fes El Bali.

A maior cidade medieval ainda existente no mundo!

Lá conhecemos o “pequeno” Alexandre. Um brasileiro que está trabalhando em Fes temporariamente. Ele está implementando no Marrocos o mesmo sistema de impostos que é utilizado pelo governo brasileiro para fiscalizar a venda de bebidas alcóolicas. Foi bom encontrar um conterrâneo.

No camping de Fes chegou um comboio italiano com seis Land Rovers. Na mesma noite já estavamos na mesma mesa com um mapa aberto conversando. Os caras se uniram através do site italiano http://www.africaland.it/  e estavam viajando juntos por todo o Marrocos. Liderados por Giba “ Il Vagabondo”, um cara com mais de trinta anos de viagens pela África e um livro de lindas fotos de todos os cantos desse incrível continente. Fomos convidados para viajar com eles e claro que topamos! Encontraríamos-nos na cidade de Midelt no dia seguinte.

Cruzamos a cordilheira dos Atlas. Essa cordilheira se formou quando a América e a África se colidiram há milhões de anos atrás. Hoje seu pico tem mais de quatro mil metros de altitude e neva no inverno.

Vendo os acampamentos berberes, com seus pastores, ovelhas, carneiros e jegues que pareciam ter saído de alguma estória bíblica, nossa meta era o deserto do Saara, lá atrás dos Atlas.

Em Midelt encontramos nossos amigos italianos e seguimos a viagem rumo às enormes dunas do Saara.

Cruzamos muitas vilas monocolores...

... muitos acampamentos berberes...

... vilas que pareciam um forno. Um forno de barro à 50 graus.

Mas de vez em quando aparecia um oásis...

Nenhum comentário:

Postar um comentário